"Cumpro com minha obrigação moral de alertar: ventos de guerra começam a soprar", afirmou Chávez na cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
O acordo pelo qual a Colômbia autorizaria os EUA a utilizarem suas bases militares será discutido este mês em uma "reunião urgente" de ministros sul-americanos, segundo consenso assinado na ante-sala da Cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), nesta segunda-feira, em Quito.
Líderes sul-americanos chegam para encontro da Unasul no Equador / AFP
A proposta deve ser incluída na declaração de Quito, que deve ser assinada pelos líderes da América do Sul em Quito nesta semana.
"No ânimo de fortalecer o diálogo e o consenso em termos de defesa mediante o fomento de medidas de confiança e transparência, convocam uma reunião urgente dos ministros das Relações Exteriores e da Defesa", destacou o rascunho do texto.
Fidel condena Colômbia
Nesta segunda, o líder cubano Fidel Castro também mencionou a possibilidade de uma guerra na região, afirmando que o governo da Colômbia cometerá uma deslealdade se autorizar os Estados Unidos a usar suas bases militares, advetindo que esse acordo poderá desatar numa guerra fraticida com a Venezuela e uma tragédia latino-americana.
"A história não perdoará quem cometer essa deslealdade contra seus povos, nem os que utilizarem como pretexto o exercício da soberania para permitir a presença de tropas ianques", afirma Fidel em mais um artigo publicado na imprensa cubana.
O ex-presidente cubano afirma que se os Estados Unidos utilizarem as sete bases colombianas "para provocar um conflito armado entre dois povos irmãos (Colômbia e Venezuela), será uma grande tragédia".
"As forças ianques poderão promover uma guerra suja como fizeram na Nicarágua, inclusive empregando soldados de outras nacionalidades treinados por eles"
"Mas dificilmente o povo combativo, valente e patriótico da Colômbia se deixará arrastar para uma guerra contra um povo irmão como da Venezuela", afirma o líder comunista.
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