Vista da area onde se encontra o Acelerador de Parerticulas
Genebra, 10 set (EFE).- A primeira tentativa de colocar em circulação um feixe de milhões de prótons no acelerador LHC, o mais potente do mundo, do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), terminou hoje com sucesso, ao conseguir que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular de 27 quilômetros.
O êxito deste primeiro teste de funcionamento do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) foi muito comemorado pelas dezenas de cientistas presentes na sala de controle do organismo, que aguardavam com expectativa o resultado."Tenho certeza de que funcionará", disse o diretor-geral do CERN, Robert Aymar, minutos antes do início do teste, em um ambiente ainda cheio de expectativa.
O diretor do projeto LHC, Lyn Evans, tinha anunciado antes que não era possível saber quanto tempo o feixe demoraria para fazer uma volta completa, o que ocorreu em pouco mais de 50 minutos.
Um feixe de um bilhão de prótons conseguiu atravessar os 27 quilômetros do anel em oito períodos, como estava previsto.
O anel é dividido em oito partes, e o primeiro teste de hoje consistiu em lançar o feixe e conseguir que passasse pela primeira.
Em seguida, foi lançado novamente e o feixe atravessou a primeira e a segunda, no terceiro lançamento correu pela primeira, a segunda e a terceira partes, e assim sucessivamente.
A idéia era comprovar que todo o sistema funciona, que cada peça fez o que tinha de fazer, e indicar que tudo ocorreu como programado.
Evans assinalou que o objetivo é poder lançar hoje novamente o feixe, para que ele faça todo o percurso sem interrupções.
O feixe, que é do tamanho de um fio de cabelo, foi lançado em sentido horário, e se tudo funcionar corretamente e há tempo, pode ser possível que se lance na direção oposta.
No entanto, está descartado para hoje o choque de prótons, o que deve ocorrer em alguns meses, depois da realização de todos os testes necessários.
Com isso, os cientistas esperam recriar as condições no Universo pouco depois do "Big Bang" e identificar novas partículas elementares que revelem dados muito importantes sobre a natureza do cosmos. EFE mh/mh
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